março 23, 2016

Mulheres

Não sou feminista. Nunca fui. Não pretendo a igualdade entre géneros. Até porque acho isso perigoso e impossível, dada as diferenças entre a vida de um elemento do sexo feminino e a vida de um elemento do sexo masculino. Para começar, não me apetece nada ir para as obras, nem andar a pendurar quadros cá em casa e parece-me que um homem também não tenha vontade de ter filhos (e mesmo que tivesse, não me parece que essa vontade chegasse para transformar o seu corpo). Existem várias coisas em que nos tornamos diferentes (homem e mulher, entenda-se), e claro que eu sei que isto é reduzir uma causa (a das feministas) a nada. Mas parece-me de um fundamentalismo enorme querer reduzir estas diferenças à igualdade.

Ouço muitas vezes, porque deixei a minha profissão de lado para ficar a cuidar da minha criança, que estou a contribuir para a desigualdade. Então, suponho, que ao fim de 15 dias em casa com um bebé a mãe tenha de o entregar aos cuidados de pessoas externas porque, assim como o pai, tem de voltar ao trabalho. Fui despedida por estar grávida. Nem assim me pareceu adequado lutar por uma igualdade em que não acredito. Claro que achei das coisas mais estúpidas que se pode fazer a alguém, que está a contribuir para a natalidade do país, e uma forma de descriminação para com as mulheres. Mas também existe formas de descriminação contra os homens...Somos diferentes. Mesmo uma mãe que trabalha mete baixa quando um filho fica doente. Não sei se isto é um pré-conceito meu, e também sei que há homens que assumem a posição de pai e mãe quando assim são obrigados. Tenho um amigo que assumiu a filha sozinho, uma vez que a mãe não a quis. Mas isto é uma excepção à regra. A mãe faz falta (o pai também, claro), mas nos primeiros tempos de vida, são os cuidados da mãe de que o bebé mais precisa.

Talvez por ser psicóloga (clínica, da área psicodinâmica) acredito que a ausência da mãe, nos primeiros meses de vida da criança , traz diversos problemas de desenvolvimento no futuro dessa mesma criança.

Claro que concordo com outras premissas do feminismo, mas isso deve-se sobretudo a ser uma cidadã que acredita nos direitos humanos. Nunca fui de extremismos...nem penso que a mulher é menos que o homem, nem que o homem é menos que a mulher. E até penso que isto de feminismo é o assumir que somos inferiores. Eu não fui educada assim. Eu fui educada para gostar de ser mulher. E gosto. Penso que é cansativo sê-lo, mais cansativo do que ser homem. Mas nunca ninguém me desacreditou ou me tratou mal por ser mulher. Talvez haja quem tenha a experiência contrária. 

Não concordo com o machismo.
Não concordo com o feminismo.


Acho que quem é homem deve gostar de sê-lo, sempre tratando as mulheres com respeito.
Acho que quem é mulher deve gostar de sê-lo, sempre tratando os homens com respeito.

Agora isto do respeito vem muito da nossa educação. 

Beijinhos

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