março 16, 2016

Parto: Normal vs Cesariana

Esta é a grande dúvida da maioria das mulheres. Pelo menos daquelas que têm seguro de saúde que lhes permite fazer o parto num hospital privado. Porque no público é sempre parto normal, só em situações especificas fazem cesariana. O que me (nos) leva a pensar em várias coisas.

No meu caso foi à última que optei por seguir o conselho dos médicos e fazer um parto normal, e fazer esse parto no Hospital que me seguia, o Hospital de Santa Maria. E desta vez já estou completamente decidida: parto normal. Mas o meu caso é especial, e havia menos riscos para mim ao fazer um parto normal. Afinal uma cesariana é uma intervenção cirúrgica.  Desta vez, e tendo eu visto todas as vantagens do parto ser normal, não hesitei (a não ser que a Maria me troque as voltas, há sempre essa possibilidade). 

Não é preciso ser médica, nem ter estudado o assunto a fundo, para perceber o porquê das mulheres preferirem uma cesariana. Não há dor. E acreditem, a dor de um parto normal é muita. O pior é a recuperação, mas isso é outra história! Num parto normal também é possível evitar a dor, com a epidural. No meu caso sofri bastante, tendo desesperado na cama do hospital. O que se passou foi que eu fiz a dilatação muito rapidamente, e por mais que dissesse que as dores eram horríveis a enfermeira não acreditou, e demorou a chamar o obstetra. Mas em termos de recuperação e mesmo do que é melhor para um filho, sem dúvida um parto normal. Há menos riscos. E isto é a sério. A dor é que estraga tudo, havendo por isso cada vez mais mulheres a preferir uma cesariana. 

A cesariana oferece mais riscos para mãe e bebé, sendo que para a mãe há um risco maior de infecção, danos na bexiga, intestinos ou vasos sanguíneos e há ainda a possibilidade da formação de tecido fibroso de cicatrização. Para o bebé existe um risco maior de problemas de respiração pós-parto e demoram mais tempo a criar a sua flora intestinal para uma proteção imunitária efetiva. Há ainda uma percentagem maior de doenças e internamentos no primeiro ano do bebé.

Daqui a 1 semana terei a Maria, e quero que seja parto normal, apesar da dor. Claro que já estou a pensar no quanto vou sofrer, é inevitável! Mas penso (e acho que todas as mulheres deveriam pensar) no melhor para a minha filha. Claro que os filhos são filhos, quer nasçam de uma maneira quer nasçam doutra, mas...pensem nisto!

Bem sei que no público são extremistas, e em alguns casos, deixam arrastar o sofrimento do bebé para fazerem um parto normal. Não sei se será mesmo por acharem que é o melhor para mãe e filho ou por uma questão monetária...

Quando há risco para uma das partes, não há nada para hesitar: cesariana. No meu caso, foi a melhor decisão. Claro que se fosse seguida num privado me diriam que a melhor decisão era uma cesariana. Começo a aperceber-me que cada cabeça sua sentença! 

Eu, que não percebo nada disso, fiquei satisfeita com a decisão que os médicos tomaram por mim. Ao fim de 3 dias estava, literalmente, pronta para outra. Se se sofre bastante? É verdade, sofre. Mas ir a um privado, fazer uma cesariana por conveniência, que ainda por cima não respeita a vontade do bebé (pois os médicos antecipam -quase- sempre o parto para não haver o risco da mulher entrar em trabalho de parto), parece-me mal. 

Óbvio que, a uma semana de parir, já me dói tudo. E às vezes, entre uma contracção e outra, ou entre um mal-estar e outro, penso que o melhor seria "despachar" e ter a Maria cá fora quanto antes!


Beijinhos

1 comentário:

  1. Eu não tenho a força mental para escolher, conscientemente, enfrentar um parto normal. Sou uma pessoa que nem é capaz de introduzir tampão com aplicador porque me faz confusão introduzir aquilo na vagina, quanto mais ter um bebé a sair por lá. Acho que o medo do parto é um assunto de que não se fala muito, e é perfeitamente natural que existam mulheres que não se queiram submeter a tamanha provação. É uma coisa brutal! Por isso, não imagino pensar em engravidar sem primeiro ter um seguro de saúde que me permita optar por uma cesariana.

    Perdida em Combate

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